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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Ministro Espanha quer recuperar os 26 mil milhões emprestados à Grécia


A Espanha emprestou 26 mil milhões de euros à Grécia quando também atravessava uma grave crise e não vai apagar esta dívida, advertiu hoje o ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos.

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A melhor maneira de dizer uma mentira é começar por dizer uma verdade ou omitir parte dessa verdade. Foi o que fez o ministro da Economia espanhol, Luis Guindos. Ocultou, por sua conveniência, parte da verdade, o que é o processo escolhido pelos políticos para dizerem mentiras. Guindos ocultou o valor do empréstimo, que o governo espanhol contraiu, a fim de recapitalizar os bancos espanhóis, e que foi de 100 mil milhões de euros, valor superior ao da totalidade do empréstimo concedido pelas instituições da troika a Portugal, que foi de 72 mil milhões de euros. Confiando que as pessoas não têm memória, pois esse empréstimo ao governo espanhol remonta a Junho de 2012, também não indicou os respetivos credores. Da maneira com apresentou a situação, até parece ter querido insinuar que o empréstimo foi contraído no mercado financeiro. Habilidade manhosa. O empréstimo foi contraído junto das instâncias europeias (ver aqui), para cujos cofres contribuem todos os países da União Europeia, incluindo a Grécia, naturalmente, asserção que reduz o dramatismo que o ministro pretendeu incutir na opinião pública. Assim, poderemos dizer que a Espanha não deu nada à Grécia, que que a Grécia não tenha dado à Espanha, embora sendo certo que os valores monetários dos empréstimos em causa tivessem sido diferentes.
Os governos de Espanha e de Portugal comportam-se como verdadeiras marionetes telecomandadas pela Alemanha (há sessenta anos, Hitler também tinha Franco e Salazar como fiéis aliados), dizendo em público aquilo que Merkel e os seus ministros, em função dos códigos do politicamente correto, só podem dizer em privado.

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