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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Discurso endurece. "A Grécia não é um protetorado" e "têm de saber com quem se estão a meter"


Declarações surgem numa fase em que o Eurogrupo se prepara para se reunir. Encontro está marcado para esta quarta-feira.
Apesar dos alertas europeus, o Governo grego continua sem papas na língua, mostrando-se duro e incisivo no seu discurso. Durante a apresentação do programa do novo Executivo, o ministro da Reconstrução, Ambiente e Energia, Panagiotis Lafazanis, deixou esta terça-feira no Parlamento um aviso à União Europeia: 
"O memorando e a troika terminaram. A eleição do programa do Syriza não será cortado em pedaços. A Grécia não é um protetorado", afirmou o governante, citado pelos jornais locais.
"Os maiores protagonistas da União Europeia pensam que nos podem chantagear, mas eles têm que saber com quem se estão a meter", sublinhou.

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Ninguém de boa fé, verdadeiramente patriótico e politicamente empenhado na defesa da independência, da dignidade e dos direitos dos povos, pode deixar de se emocionar com a firmeza evidenciada pelos membros do "revolucionário" governo grego, perante os políticos e os tecnocratas empedernidos de uma Europa, já velha e decadente, que pretende escravizar, através do embuste da dívida, os países europeus mais fragilizados nas suas economias. Atenas, a grande cidade, onde nasceu a democracia, ressurgiu em todo o seu esplendor, para nos iluminar o caminho que todos nós devemos seguir. E a nossa primeira grande tarefa será apoiar a organização de um grande movimento popular de solidariedade para com o povo grego. E será aos partidos da esquerda parlamentar, o PCP, Verdes, Intervenção Democrática e Bloco de Esquerda, que competirá tomar a iniciativa, que deve ser extensível a todos os movimentos de esquerda que têm lutado contra a austeridade. Chegou a hora de quebrarmos as algemas e de vergar a soberba e a arrogância dos donos da Europa, que também querem ser donos do nosso destino coletivo.

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